29.11.12

Projeto Zeméco - o artista que pintava com a alma (no Jornal Agora de Rio Grande,RS)


Na última 1quarta-feira, 21, a Biblioteca Pública Municipal “Delfina da Cunha” recebeu a visita de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Profª Zenir de Souza Braga (bairro Trevo - Rio Grande/RS).
A visitação por São José do Norte é parte integrante do Projeto: Zemeco – o artista que pintava com a alma, desenvolvido na escola com a turma da 6ª A e 6ª B, pela Profª Rosângela Moura Samaniego.
Os alunos e professores foram recebidos e acompanhados pela sra. Hildette Klaes Roig, professora aposentada do Município e viúva do artista plástico José Américo Roig o "Zemeco".
O roteiro estabelecido para visitação, incluiu os prédios históricos da cidade, o Instituto Histórico e Geográfico de São José do Norte (Museu do Combate Farroupilha Histórico de 16 de julho de 1840), Smec – Secretaria Municipal de Educação e Cultura de SJN e a Biblioteca Pública Municipal Delfina da Cunha.
Na biblioteca, os alunos foram recepcionados pela bibliotecária Sueli Thomazine, fazendo uma pausa para um breve lanche. A visita foi orientada pela Profª Rosângela (responsável pelo Projeto) e contou ainda, com o apoio das professoras Tânia Antunes (diretora da Escola), Laucy C. Perez (coordenadora Pedagógica) e Roberta Pereira.

Fonte:

http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=9&n=36451

Link para a notícia no Jornal Agora:

A Biblioteca Delfina da Cunha recebeu visita daEMEF Profª Zenir de Souza Braga

Observação 1: Foto acima, divulgação do Jornal Agora, de Rio Grande, RS, Brasil.
Observação 2: Também foram visitados o Hall da EEEF Marques de Souza, onde encontra-se galeria com algumas obras de Zeméco, bem como visitação ao Salão Paroquial da Igreja Matriz São José, onde encontra-se mural da Santa Ceia, pintado pelo artista nortense.

30.3.12

Com a alma na ponta dos dedos



(In Memmoriam de José Américo Roig, o Zeméco)

Um ano se passou e quase ninguém viu
Um ano se passou, como um piu,
Como quem passa os dedos sobre os dias,
Como que enquadrados em telas e molduras...
Há dias que olho para o céu e vejo nuvens brancas pintadas,
Lembro de ti, meu pai, em outras moradas,
Igualmente pintando as nuvens com a ponta dos dedos...
Ainda carrego comigo meus medos, teus segredos...
Receita mágica do bem viver, viver cada dia de forma simples,
Simplesmente por que assim é a melhor maneira
De se conhecer e reconhecer...

Reconheço em mim teus traços em meus rostos,
Relembro em ti meus gostos, em teus agostos...
Recordo-me, meu pai, de seu caminhar descalço,
Calçado apenas com as sandálias da humildade...
Eras muitos em tua unidade:
O homem, o pai, o artista, o menino que quis voar,
Que fraturou perna e cabeça, mas não desistiu de sonhar...

Com a alma na ponta dos dedos, você nos desenhou,
Filhos de um amor à arte, um amor à parte,
Que nunca nos deixou...

Tu és a alma da minha vida,
Quero dar-te vida a tua alma...
Com a alma na ponta dos dedos,
Escrevo meus dias em teus tons e dons.
Cedo ou tarde, a vida nos propõe o eterno recomeçar...

Janelas mortas, telas vivas
Portas fechadas por dentro,
Dentro da cada um
Tortas de maçã nas janelas tortas
Não me importa o que exportas,
Me preocupo com o que te importa...
Abra a porta, não se comporte
Como fosse uma natureza morta
Para pendurar na parede da sala fria...
Por um momento, todas as palavras
São jogadas ao vento...
Por um segundo o mundo teu passa a ser o meu.
Com a alma na ponta dos dedos,
Meu pai pintou o que eu tento escrever...

Observação 1: Poema acima, de autoria de José Antonio Klaes Roig.
Observação 2: Imagem acima, fotografia do artista plástico José Américo Roig (*20/07/1934 +29/03/2011), mais conhecido pelo apelido de Zeméco, pintando em seu ateliê na praia do Mar Grosso, em São José do Norte - RS - Brasil, em 2004, quando deixava de lado os pincéis e usava as pontas dos dedos para pintar as nuvens em seus quadros.